

- 1 de mar. de 2018


- 9 de jan. de 2018
Os setores de produção e logística são fundamentais em uma empresa.
É por meio desses departamentos que a empresa pode conseguir mais qualidade, agilidade e economia em seus processos, obtendo vantagem competitiva.
Mas como isso pode ser feito? A melhor ferramenta é o PCP.
O que é PCP – Plano de controle de produção?
PCP é a sigla referente a Planejamento e Controle da Produção. Em outras palavras, esse é um sistema que faz a gerência dos recursos operacionais da empresa, envolvendo todas as operações e a consolidação das informações.
Ou seja, bons resultados serão conquistados por meio do planejamento, controle e programação dos processos produtivos.
Assim, a empresa consegue garantir mais qualidade e produtividade.
Além disso, é possível reduzir os custos operacionais.
Quais são os objetivos do PCP?
Essa ferramenta, por suas características principais, impacta toda a empresa.
As funções desse tipo de planejamento focam em três pilares:
**Planejamento – **determina quais produtos serão produzidos e quando.
**Programação – **define os recursos que serão utilizados desde o início até o término do fluxo de produção.
**Controle – **realização de um monitoramento para corrigir possíveis desvios e falhas identificados.
No entanto, além desses pilares, outras questões devem ser verificadas, como:
A quantidade de produtos a ser produzida.
O layout da planta da fábrica para ter um melhor aproveitamento do fluxo dos insumos.
As etapas que compõem o processo de manufatura.
A definição da mão de obra, tanto mecânica quanto humana.
Com essas delimitações, a empresa pode planejar, programar e controlar melhor o processo de produção, revisando sempre os objetivos estabelecidos e evitando que ocorram desvios.
No caso de mudanças serem necessárias devido a erros ou falhas, o conhecimento a respeito desses fatores permite tomar melhores decisões.
Por isso, essa ferramenta de planejamento também oferece suporte à gerência, apresentando os principais problemas do setor de produção.
Quais são as vantagens do Planejamento e Controle da Produção?
Suporte à tomada de decisões
Como afirmado, essa ferramenta permite controlar todo o fluxo do processo produtivo da empresa.
Isso significa que os dados estarão sempre à mão e poderão ser consultados sempre que necessário.
Além disso, há uma melhor identificação de problemas e falhas.
A partir dessa constatação, a gerência e a direção podem tomar decisões com base em dados reais, definindo o que deve ser realizado para resolver o problema.
Resultados finais mais atrativos
A empresa que adota a ferramenta de planejamento e controle da produção apresenta resultados finais mais atrativos.
Por quê? Basicamente, porque consegue identificar melhor os pontos fortes e fracos da produção e da logística, atacando os problemas conforme sua ordem de prioridade.
Mais compatibilização entre os setores de produção e vendas
O departamento da produção precisa estar interligado a toda a empresa, especialmente com o setor de vendas.
Afinal de contas, de nada adianta o vendedor fechar uma venda se o produto não estiver disponível.
Adotando o processo de planejamento e controle, sabe-se exatamente quantos produtos estão em estoque, quais é necessário produzir e quais estão em falta (possivelmente exigindo atenção e produção urgente).
Sistematização do processo produtivo
Se a ideia ao usar a ferramenta de planejamento é ter controle sobre o processo produtivo, é claro que isso ocasiona a sistematização de produção.
Isso traz mais agilidade, facilidade, segurança, qualidade, correção, rapidez e menor custo.
Redução de custos
Essa conta é bastante simples: mais controle é igual a menos perdas, menos retrabalho, menos desperdícios e, consequentemente, maior redução de custos.
Quais são as etapas?
Previsão da demanda
Fazer uma previsão de demanda é uma ação importante para que a empresa saiba quando precisa de cada produto, seja para o setor de vendas, seja para os departamentos de estoque, produção e logística.
Essa técnica é subjetiva, mas utiliza dados históricos e estatísticos para identificar os produtos mais vendidos, a matéria-prima mais utilizada, o estoque mínimo de cada produto e possíveis sazonalidades nas vendas.
Com esses dados, os gerentes conseguem dimensionar a produção e verificar os recursos materiais e humanos necessários para o processo.
Planejamento e capacidade da produção
Essa etapa utiliza os dados da previsão de demanda definidos para médio e longo prazos.
A partir disso, deve-se analisar a capacidade de produção da empresa para verificar se é necessário fazer algum tipo de adequação de adequação no setor.
Assim, a capacidade de produção pode aumentar ou reduzir conforme a necessidade de demanda.
Planejamento Agregado da Produção (PAP)
Nesse momento, o objetivo é definir a melhor estratégia de produção para a empresa.
Assim, consideram-se a decisões relativas a volume de produção, estoque, demissão e contratação de pessoas, subcontratação, necessidade de horas extras e contratos de serviços logísticos e de fornecimento.
O PAP geralmente é considerado anualmente, mas há uma revisão mensal, que leva em conta a demanda dos consumidores e a capacidade de produção.
O objetivo é tomar uma decisão conforme a necessidade da empresa.
Programação Mestra da Produção (PMP)
Esta etapa considera a execução em curto prazo dos planos de produção.
O PMP, então, permite analisar e direcionar recursos para que a produção de determinado período seja executada e supra a demanda exigida.
Essa programação, portanto, é mais detalhada, abrangendo não apenas a previsão da demanda, mas também ordens abertas de compras e de produção e pedidos realizados.
Programação Detalhada da Produção (PDP)
O PDP tem por objetivo principal apresentar como a empresa realizará suas operações diariamente.
Ou seja, aborda a operacionalização em si. As atividades envolvidas nesse processo são:
**Sequenciamento de ordens de produção – **define a sequência de operacionalização das máquinas, a fim de reduzir ociosidades, atrasos e estoques.
**Administração de materiais – **tem por objetivo controlar os estoques, delimitar o tamanho dos lotes, definir o estoque de segurança e como a matéria-prima deve ser reposta.
**Emissão de ordens de produção – **é a implantação do programa de produção por meio da emissão dos documentos necessários para que as operações sejam iniciadas. Também é feita a liberação da produção na disponibilização dos recursos.
Nas empresas que trabalham com a produção repetitiva (ou seja, possuem grande volume de produção e pouca variedade de produtos), o PDP deve ser orientado por sistemas de produção.
Alguns exemplos são Kanban, Seis Sigma, Poka-yoke e Kaizen.
Já empresas que têm produção intermitente (ou seja, pouco volume de produção e grande variedade de produtos) têm mais dificuldade para a realização do PDP.
Por isso, o uso de softwares específicos é mais indicado.
Controle da produção
O processo produtivo deve ser acompanhado para garantir que o processo está caminhando conforme o esperado.
Essa etapa também prevê anotações sobre o tempo e os rendimentos do processo, fazendo com que dados atualizados sejam armazenados para serem utilizados em decisões posteriores.
Quais ferramentas podem ser utilizadas?
Kanban
O sistema Kanban é baseado no uso de cartões (post-its) para identificar e visualizar o fluxo de produção.
De maneira geral, são utilizados dois eixos colocados em um quadro.
Um eixo apresenta as** tarefas que precisam ser realizadas** e o outro traz as etapas de execução dos processos.
Essas etapas devem ser adequadas conforme a necessidade da empresa, mas, em geral, utiliza-se “para executar”, “em andamento” e “finalizado”.
Conforme as tarefas evoluem, o cartão é inserido na coluna correspondente.
Assim, fica mais fácil visualizar se algum processo está atrasado e identificar possíveis problemas.
Além disso, garante-se que os prazos serão cumpridos.
Seis Sigma
Essa ferramenta é reconhecida em nível internacional porque traz mais eficiência, economia e qualidade nos processos produtivos da empresa.
Isso é conseguido por meio da identificação de problemas e implantação de melhorias.
Dessa forma, consegue-se obter custos de operação mais baixos, o que aumenta os lucros como consequência.
O Seis Sigma também é relativo à frequência com que determinada operação utiliza além dos recursos mínimos a fim de satisfazer os clientes.
Isso representa a taxa de desperdício por operação, o que permite ter um diagnóstico a respeito do nível de desempenho dos processos.
Kaizen
Essa metodologia prevê o trabalho coletivo como sendo o principal.
Portanto, os recursos humanos são bastante valorizados, devendo ser motivados para que aliem seus interesses pessoais às metas da organização.
O método Kaizen possui alguns pressupostos. São eles:
Eliminação dos desperdícios.
Envolvimento de todos os colaboradores, independentemente de hierarquia.
Aumento da produtividade com baixos investimentos.
Princípio da gestão visual, que prevê a transparência dos procedimentos, valores e processos.
Atenção ao ambiente de trabalho ou ao chão de fábrica, ou seja, o local da empresa que cria valor.
Processos orientados.
Aprendizado por meio da prática.
Poka-yoke
Essa ferramenta é aplicável em qualquer situação que envolva riscos de defeitos ou falhas.
Ou seja, esse é um método de gestão da qualidade que tem por objetivo reduzir os custos pela eliminação de falhas em processos ou problemas (não-conformidades) com os produtos.
Conclusão
Assim, percebe-se que o planejamento e controle da produção é uma ferramenta ideal para ter mais produtividade, eliminar erros e falhas e reduzir os custos, aumentando o lucro como consequência.
O uso de ferramentas variadas e a execução das etapas do PCP vão garantir que o processo seja realizado da melhor maneira possível e que a empresa obtenha o máximo de benefícios. Se você quer saber mais sobre como sair do planejamento e partir para a operacionalização, leia o post Do planejamento à execução: a diferença em 8 passos.
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